quinta-feira, 11 de outubro de 2007


Galera o "post" de hoje, foi escrito pelo vocalista da banda Marcelo Oliveira, nos contando um pouco sobre o show no projeto "Som da concha", realizado em Campo Grande/MS!

"Seria mais um dia quente ou teríamos chuva? Garganta trancada a base de xaropes, descongestionantes e outros aditivos. Estas eram minhas principais preocupações logo pela manhã de domingo, depois de ter tocado na noite anterior e termos feito um puta som, que me deu confiança e energia. Agora o fator “tempo” era outra de nossas preocupações, pois como todo mundo sabe, quando surge qualquer vestígio de chuva, espanta o público e isso poderia comprometer o show do projeto “Som na Concha”, uma vez que o lugar é aberto.
Mas alguma coisa me dizia que tudo correria bem, e a expectativa era das melhores. Já na passagem de som pude sentir um “vibe” contagiante entre todos os envolvidos, embora os problemas de sempre já surgiam como de costume. Produção com a Malú trampando a mil, técnicos de som buscando melhores equalizações, batera do Bolão situada à esquerda trazendo um mapeamento de palco diferente e já compondo um visual legal, som da guitarra do Anderson perfeita pro ambiente, vozes etc...ufa!!! Acho que não faltava mais nada. Terminado tudo isso, sigo pra minha casa pra dar uma relaxada, pois já estava apreensivo e não mais tão tranqüilo como antes. Chegando na entrada da concha, pude perceber a movimentação intensa do público, o tempo estava firme embora muito seco, mas bom pra curtir um som e prestigiar o evento. Eu já estava atrasado, pois me esperavam no camarim o pessoal da produção para entrevistas e acertos finais, e quando estacionei o carro e subi as escadas de acesso, avistei um grande público, que de imediato me deu aquela sensação de que seria uma grande noite.
Tudo pronto, tudo certo, ao sinal de “ta na hora” do nosso roadie Junior, já fui entrando e dando de cara com a galera, chequei meu amplificador guitarra, repertório colado ao chão mesclando músicas novas e antigas. O arrepio seria inevitável e aos primeiros acordes do Anderson de “A Estrada e o Nada”, já estávamos sendo recompensados por tanto trabalho e todo mundo vibrou e cantou junto, e isso talvez seja a maior recompensa que dinheiro nenhum paga. Ver algo em que gostamos e vamos morrer curtindo (música), ser compartilhado com outras pessoas com uma identificação e uma paixão ímpar em nossas vidas."


Marcelo Oliveira (Voz e guitarra)

Nenhum comentário: